Cidadania

Airbnb desiste do turismo na China — Quartz

A política de zero covid da China não está apenas sufocando sua própria economia, mas também mudando a indústria do turismo em geral.

O Airbnb planeja parar de oferecer aluguel de casas e outras experiências turísticas na China em julho, informou a CNBC pela primeira vez. O cofundador do Airbnb e presidente da China, Nathan Blecharczyk, atribuiu a decisão a “desafios pandêmicos” em uma carta aberta publicada no WeChat. A empresa manterá seu escritório em Pequim e reorientará sua estratégia para atender os turistas chineses que viajam para o exterior.

Para ter certeza, o Airbnb enfrentou obstáculos no mercado de turismo da China mesmo antes da pandemia, resistindo à pressão do governo chinês para compartilhar dados de usuários. Também enfrentou forte concorrência dos serviços chineses de compartilhamento de casas Tujia e Xiaozhu e da empresa de reservas de viagens on-line Ctrip. Desde que o Airbnb entrou na China em 2016, os aluguéis representaram apenas 1% de sua receita total.

Qual é o futuro das viagens na China?

A decisão da empresa é um indicador de quão incerto o futuro do turismo na China parece nos dias de hoje. As fronteiras do país estão fechadas para a grande maioria dos viajantes do exterior e provavelmente permanecerão assim enquanto a política de covid-zero da China permanecer em vigor.

As viagens domésticas dentro da China ainda são possíveis, mas as restrições variam de acordo com a cidade e a província, e os rígidos bloqueios de Xangai serviram como um lembrete de que o governo está disposto a reprimir o movimento de seus cidadãos para conter a propagação do vírus. . As viagens durante o recente feriado de 1º de maio na China caíram 60% em relação ao ano anterior, de acordo com o Ministério dos Transportes do país.

A retirada do Airbnb da China é uma concessão a essas realidades pandêmicas. Mas ao se comprometer com viagens ao exterior na China no futuro, a empresa também está apostando contra as tendências recentes. Afinal, Pequim introduziu recentemente uma nova política que impõe novos limites a viagens “desnecessárias” para cidadãos chineses e exige que as pessoas tenham um motivo “essencial” (como educação, negócios ou necessidade médica) para obter documentos de imigração.

Alguns temem que essas mudanças prenunciam um futuro cada vez mais isolacionista na China que pode persistir mesmo quando a pandemia diminuir. Mas a nova estratégia do Airbnb depende de viagens internacionais para residentes chineses, principalmente para outros países asiáticos, aumentando nos próximos meses e anos.

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